"A sua intenção é fazer com que eu me apaixone por você?"

 E foi assim, nesse exato momento, com essa exata frase que eu percebi que estava "de frente" pro meu grande amor. O mais louco disso tudo, é que eu já o conhecia, nos cruzamos tantas e tantas vezes e só agora, através de um aplicativo, nos esbarramos na vida. 
Foi com essa frase que eu entendi que existe vida depois de uma traição e de uma separação, foi com essa frase que eu descobri que ainda posso e devo concordar com minha terapeuta quando diz que eu preciso aceitar que alguém me ame novamente. 

Bruno chegou de um jeito, tão bom, tão sereno, tão sincero com o que sente que as vezes me constrange a honestidade com a qual ele fala sobre o que ele sente, quer, acha. Quanto tempo eu não sei o que é isso, quanto tempo eu não escuto um elogio a meu respeito. E nem vou colocar aqui o poema que ele me fez logo no primeiro dia. Sei que vivemos dias difíceis no mundo todo, muita falta de amor e de fé no outro, confesso que as vezes vejo certas coisas e me sinto incrédula no outro. 

Ele vem tão cheio de carinho, de cuidado, de atenção, me fazendo rir e me dando umas broncas de vez em quando, ele me percebe, não lembro a última vez que me perceberam, ele transborda tanto os espaços (porque já me sinto completa) que esse final de semana, longe de mim, a saudade e gigante. Que saudade é essa de alguém que eu nunca mais havia sentido? Passei tanto tempo sentindo falta do que perdi (me livrei) que hoje acho esquisito ter saudades do que é bom. 

Acho que ele vai ganhar muitos parágrafos por aqui...

O primeiro passo...

Bom, cheguei até aqui, depois de quase 4 anos dividindo essa dor com tanta gente que muitas vezes entende, as vezes não, uma coisa é certa, ninguém aguenta escutar o tempo todo a mesma coisa. Talvez a minha dor seja a mesma de tantas e tantas pessoas, afinal, quem nunca sofreu uma decepção amorosa na vida? Das mais diversas formas, das mais diversas reações, a dor ela é real e cada um lida de um jeito. 

O fato é que eu estou a 4 anos tentando entender como eu me permiti entrar numa situação tão triste e humilhante pra mim mesma, como eu ainda aceito e crio alguma expectativa de mudança no outro. Até onde vai o amor? Até onde eu sei o que é amar? Será que um dia eu soube o que é amor de verdade? Sempre me questiono essas coisas, eu achei, mesmo durante todo esse período que eu fui de alguma forma amada. Mas amor trai? Amor machuca? Amor humilha?? 

Esse post tá demorando mais tempo do que eu imaginei pra entrar no ar, talvez porque eu, no alto de ser uma leonina, aceitei tão pouco do outro, como eu, no alto de ter uma auto-estima tão elevada, fui me diminuindo pra caber no mundo do outro. Gente, a gente faz isso sem nem sentir, a gente vai se deixando, se deixando... que quando vê, se perder não sabe aonde e nem como. E isso é muito triste, se dar conta disso e aceitar é mais triste ainda. 

Eu não sei se estou me fazendo entender aqui, talvez não, talvez nos próximos posts eu consiga me fazer entender, junto com esse blog, eu também decidi criar um canal no youtube, quem sabe assim eu consigo me reencontrar de novo?! Volto a gostar mais da vida e de mim mesma não é?! 

Obrigada a quem leu até aqui, espero rever você por aqui sempre. 

Manu.